terça-feira, 9 de novembro de 2010

Modernismo

 Pré-modernismo

ASPECTOS GERAIS:

CRONOLOGIA – Cronologicamente, o Pré-Modernismo durou no Brasil de 1902 a 1922.

INÍCIO NO BRASIL – As primeiras obras do Pré-Modernismo foram:

a) Os Sertões (romance, 1902), de Euclides da Cunha.

b) Canaã (romance, 1902), de Graça Aranha.

NOME – O que se convencionou chamar de Pré-Modernismo não foi propriamente uma escola literária. Não houve manifesto em jornais nem grupo de autores em torno de uma proposta una ou de um ideário. O nome, com o tempo, passou a designar a produção literária do Brasil nas duas primeiras décadas do século XX.

PERÍODO ECLÉTICO – Depois do Realismo-Naturalismo-Parnasianismo, o Brasil viveu um período eclético. As diversas tendências literárias misturaram-se. Os movimentos não se sucederam, eles passaram a coexistir.

TENDÊNCIAS – Duas tendências básicas podem ser notadas entre os autores da época:

a) Conservadora – Percebida na produção poética de Olavo Bilac (e de todos os outros parnasianos) e de Cruz e Sousa, representante da estética simbolista. A poesia é elaborada dentro dos moldes de perfeição, obediente a normas e presa a temas alheios à realidade brasileira.

b) Inovadora – Presente nas obras de Euclides da Cunha, Lima Barreto, Graça Aranha, Monteiro Lobato, Afonso Arinos. As várias realidades do Brasil são expostas, e o leitor começa a perceber que vive em um país de contrastes. A linguagem pomposa e artificial começa a perder terreno para uma expressão mais simples, fiel à fala cotidiana. Nesse aspecto, Lima Barreto é o legítimo representante das classes iletradas.



O pré-modernismo (ou ainda estética impressionista) foi um período literário brasileiro, que marca a transição entre o simbolismo e modernismo e o movimento modernista seguinte. Em Portugal, o pré-modernismo configura o movimento denominado saudosismo.
















O período de domínio político das oligarquias ligadas aos grandes proprietários rurais.



Primeira fase Modernista no Brasil (1922-1930)- busca do moderno, original e polêmico, período rico em manifestos e revistas de vida efêmera.

Entre as revistas há publicações destinadas aos mais variados públicos e gostos,
tratando de temas como ciência, história, cultura, notícias, arquitetura,
geografia, economia, relações humanas,...



Segunda fase Modernista no Brasil (1930-1945) – Prosa- O 1° romance nordestino foi A Bagaceira de José Américo de Almeida. Esses romances retratam o surgimento da realidade capitalista, a exploração das pessoas, movimentos migratórios, miséria, fome, seca etc.



Terceira fase Modernista no Brasil (1945- +/- 1960)- Inclui e revitaliza recursos da expressão poética: células rítmicas, aliterações, onomatopéias, ousadias mórficas, elipses, cortes e deslocamentos de sintaxe, vocabulário insólito, arcaico ou neológico, associações raras, metáforas, anáforas, metonímias, fusão de estilos.
“Avarento é o companheiro, Que vive para contar, As parcelas do dinheiro, Que os outros irão gastar”. Juca Muniz














Modernismo - Macunaíma  de Mário de Andrade, O Herói sem nenhum caráter - Personagens fantasiados, irreais, iniciando um processo constante de metamorfoses que irão ocorrer ao longo da narrativa: índio negro, vira branco, inseto, peixe e até mesmo um pato, dependendo das circunstâncias. Reelabora literariamente temas de mitologia indígena e visões folclóricas da Amazônia e do resto do país.

O que tem em Macunaíma que nos remete a atualidade?
Há características de nossa identidade nacional. Mostra quem somos nós e a leitura do livro pode ajudar o aluno a entender o seu próprio comportamento: a questão da identidade brasileira.
Mário de Andrade era um escritor bastante preocupado em buscar nossa identidade. Estudava tudo que se referia ao Brasil e a nossa cultura, as artes, a música, a literatura, os costumes, o folclore, a etnologia e a etnografia. A obra “Macunaíma,  traduz as duas paixões de Mário de Andrade: o amor a São Paulo e o estudo dos costumes do povo brasileiro.






A Semana de Arte Moderna (1922) 






A semana na realidade durou três dias. Mas nunca três dias abalaram tanto o mundo da arte brasileira. Nos dia 13, 15 e 17 de fevereiro de 1922, sob o apadrinhamento do romancista pré-modernista Graça Aranha, os jovens paulistanos empenhados em revolucionar a arte apresentaram, pela primeira vez em conjunto, suas idéias de vanguarda.  
     A Semana, realizada no Teatro Municipal de São Paulo, foi aberta com a conferência A emoção estética na arte, de Graça Aranha, em que atacava o conservadorismo e o academicismo da arte brasileira. Seguiram-se leituras de poemas de, entre outros, Oswald de Andrade e Manuel Bandeira, que não pôde comparecer e cujo poema Os Sapos foi lido por Ronald de Carvalho sob um coro de coaxos e apupos.  
     Mário de Andrade leu seu ensaio “A escrava que não é Isaura” nas escadarias do teatro. Obras de Anita Malfatti, Di Cavalcanti, Victor Brecheret e outros artistas plásticos e arquitetos foram expostas. Por fim, apresentaram-se a pianista Guiomar Novaes e o maestro e compositor Heitor Vila-Lobos, que não foi poupado das vaias. Como se vê, a recepção da Semana não foi tranqüila. As ousadias modernistas inquietavam e irritavam o público.   


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