Temas da mitologia grega e da cultura clássica são muito frequentes nas poesias parnasianas;
Valorização da estética e busca da perfeição. A poesia é valorizada por sua beleza em sí e, portanto, deve ser perfeita do ponto de vista estético;
Preferência pelo Soneto
Prefiro os Sonetos
Sempre preferi os sonetos
Por motivos cabalísticos:
Duas quadras para o físico
e dois tercetos para o espírito.
As quadras trazem a atração e as boas-vindas
Ao nosso olhar, e os tercetos…
Bem, os tercetos se dirigem ao Coração,
Alvo e fim último das estrofes sentimentais,
No desfecho de uma conquista meticulosa.
Os poemetos me são caros,
Pela simplicidade.
Mas, os sonetos me levam ao êxtase,
Pois que coadunam a carne e a alma,
Conjugam verbo e cavidades,
Unem os ângulos retos e os fazem retorcer-se
Em triângulos poéticos.
O soneto é o filho perfeito do casamento
Entre a rigidez métrica e o espírito da surpresa.
Quanto mais não me surpreendo,
Sonetos lendo,
Assim que me abro
À Pedra Angular do Quatro,
E me transcendo
Ao “gran finale”, por um comentário,
Uma lembrança muda,
Que ao concluir,
Ao Amor aluda.
Prefiro os sonetos, sim,
Imiscuo-me à Quadra e ao Terno;
Mas, dê-me pena e papel,
E lhe faço dos números todos
Uma Antologia completa.
Sempre preferi os sonetos
Por motivos cabalísticos:
Duas quadras para o físico
e dois tercetos para o espírito.
As quadras trazem a atração e as boas-vindas
Ao nosso olhar, e os tercetos…
Bem, os tercetos se dirigem ao Coração,
Alvo e fim último das estrofes sentimentais,
No desfecho de uma conquista meticulosa.
Os poemetos me são caros,
Pela simplicidade.
Mas, os sonetos me levam ao êxtase,
Pois que coadunam a carne e a alma,
Conjugam verbo e cavidades,
Unem os ângulos retos e os fazem retorcer-se
Em triângulos poéticos.
O soneto é o filho perfeito do casamento
Entre a rigidez métrica e o espírito da surpresa.
Quanto mais não me surpreendo,
Sonetos lendo,
Assim que me abro
À Pedra Angular do Quatro,
E me transcendo
Ao “gran finale”, por um comentário,
Uma lembrança muda,
Que ao concluir,
Ao Amor aluda.
Prefiro os sonetos, sim,
Imiscuo-me à Quadra e ao Terno;
Mas, dê-me pena e papel,
E lhe faço dos números todos
Uma Antologia completa.
PRINCIPAIS POETAS
OLAVO BILAC - apresentou poesias de temas variados, como o lirismo amoroso, a morte, a velhice, a existência humana, além da História Antiga e do Brasil. Conhecido como o "principe dos poetas brasileiros".
obras: "Via Láctea", "Sarças de Fogo".
obras: "Vaso Grego", "Vaso Chinês", "Obras Parnasianas".
RAIMUNDO CORREIA - suas obras apresentam reflexões de ordem moral e social, com versos pessimistas e filosóficos.
obras: "As Pombas", "A Cavalgada".
Sarças de Fogo (Olavo Bilac)
Em Sarças de Fogo, de Olavo Bilac, permanece o lirismo, a que se acrescenta agora o sensualismo. São poemas eróticos, centrados na beleza física da mulher e no amor carnal, reduzido a um jogo bem arranjado de palavras, buscando mais o efeito que a genuína sensualidade. É um erotismo declamatório, que é o caso dos poemas "Tentação de Xenócrates", "Satânia". "O Julgamento de Frinéia". "Alvorada do Amor" e outras.
Vaso Grego (ALBERTO DE OLIVEIRA)
. Em sua obra, a mulher e a natureza são vistas a partir de uma concepção estética muito rígida.
Vaso Grego
Esta, de áureos relevos, trabalhada
De divas mãos, brilhante copa, um dia,
Já de aos deuses servir como cansada,
Vinda do Olimpo, a um novo deus servia.
Era o poeta de Teos que a suspendia
Então e, ora repleta ora esvazada,
A taça amiga aos dedos seus tinia
Toda de roxas pétalas colmada.
Depois. Mas o lavor da taça admira,
Toca-a, e, do ouvido aproximando-a, às bordas
Finas hás de lhe ouvir, canora e doce,
Ignota voz, qual se da antiga lira
Fosse a encantada música das cordas,
Qual se essa a voz de Anacreonte fosse.
De divas mãos, brilhante copa, um dia,
Já de aos deuses servir como cansada,
Vinda do Olimpo, a um novo deus servia.
Era o poeta de Teos que a suspendia
Então e, ora repleta ora esvazada,
A taça amiga aos dedos seus tinia
Toda de roxas pétalas colmada.
Depois. Mas o lavor da taça admira,
Toca-a, e, do ouvido aproximando-a, às bordas
Finas hás de lhe ouvir, canora e doce,
Ignota voz, qual se da antiga lira
Fosse a encantada música das cordas,
Qual se essa a voz de Anacreonte fosse.
As Pombas (RAIMUNDO CORREIA)
Vai-se a primeira pomba despertada...
Vai-se outra mais... mais outra... enfim dezenas
De pombas vão-se dos pombais, apenas
Raia sanguínea e fresca a madrugada...
Vai-se outra mais... mais outra... enfim dezenas
De pombas vão-se dos pombais, apenas
Raia sanguínea e fresca a madrugada...
E à tarde, quando a rígida nortada
Sopra, aos pombais de novo elas, serenas,
Ruflando as asas, sacudindo as penas,
Voltam todas em bando e em revoada...
Sopra, aos pombais de novo elas, serenas,
Ruflando as asas, sacudindo as penas,
Voltam todas em bando e em revoada...
Também dos corações onde abotoam,
Os sonhos, um por um, céleres voam,
Como voam as pombas dos pombais;
Os sonhos, um por um, céleres voam,
Como voam as pombas dos pombais;
No azul da adolescência as asas soltam,
Fogem... Mas aos pombais as pombas voltam,
E eles aos corações não voltam mais...
Fogem... Mas aos pombais as pombas voltam,
E eles aos corações não voltam mais...
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